
Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos...
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos ...
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver a noite ,dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer: Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai ...
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte ...
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas nascemos, imensamente.
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos...
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos ...
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver a noite ,dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer: Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai ...
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte ...
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas nascemos, imensamente.
*Vinícius de Moraes*
3 comentários:
Salve Vinícios!
PS: Os braços são de um realismo, não?
Namastê!
Há controvérsias.
Feliz 2009!
Essa partilha faz bem nessa entrada de ano...
Muita paz...
luz
e ternuras.
Beijos e um novo olhar para o Novo ANo!
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