segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Querem meu sangue


Querem meu sangue
Vou até a loja mais cara,
compro a jarra mais bonita
E despejo,
como num gesto nobre,
cada gota.
Entrego a jarra,
todas as taças
e assisto da platéia
o prazer explícito da degustação
Ao terminar o espetáculo
volto para casa,
descanso,e me preparo
para existir no dia seguinte,
para observar o desejo,
em cada gesto,
em cada olhar.
Querem meu sangue,
pois conhecem o gosto.

2 comentários:

LEONARDO SARMENTO disse...

Interessante...

Anônimo disse...

Cadê as suas poesias?