quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Réquiem para Santamaria


Deitada.
Prostrado eu
Ali à porta da vida da morte.
Eu menino,
Ela saudade.
Fingimos – verdade.
A quero – maldade.
Mas não ouço o som da vida:
Quero o som do mar.
Quem sabe Netuno avisa que ela um dia voltará.
Mas o que eu sinto eu não sei:
Ela fingida e eu me fisguei.
Dois passos, aviso.
Compassos, desvios.
Com passos para morte.
Som, com, ecos.
Vermes te comem,
Homens te ardem.
Santamaria que o deus das letras te arme!


*Francisco Mero - Limbo, 13 de julho de 2006.*

Nenhum comentário: