A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.
E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,
entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos
*Carlos Drummond de Andrade*
5 comentários:
O mineiro Drummond em poesia erótica de alta qualidade.
Oralidade total!!!
Abs.
Ricardo Mainieri
Drummond escreve e eu faço... Alta qualidade, oralidade total!!!
isso q he poema oral...
hahahaha
valeu....
alias comenta la no meu.....
valeu
Bah!
Vim visitar o teu cantinho.
Muito bom!
:))
eu não aprendo a gostar de poesia...
:)
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