Esta língua não é minha,qualquer um percebe.
Quem sabe maldigo mentiras,vai ver que só minto verdades.
Assim me falo, eu, mínima,quem sabe, eu sinto, mal sabe.
Esta não é minha língua.
A língua que eu falo trava
uma canção longínqua,
a voz, além, nem palavra.
O dialeto que se usa
à margem esquerda da frase,
eis a fala que me lusa,
eu, meio, eu dentro, eu, quase.
*Paulo Leminski*
Um comentário:
adoro Leminski!
gostei do teu cantinho bom, moça Lilian.
vou voltar de vez em sempre.
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