segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Colada à tua boca a minha desordem.


Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas escomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te
ôfrega
Como se fosses morrer colado à minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.



*Hilda Hilst*

Um comentário:

Fabio disse...

Vou dedicar essas palavras à minha namorada. Ela adora Hilda Hilst.
Sempre bom ler ótimas linhas