sexta-feira, 27 de março de 2009

O último poema


Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

*Manuel Bandeira*

2 comentários:

LEONARDO SARMENTO disse...

A esperança é que os últimos sejam os primeiros...

Antônio Sozinho disse...

Ô cantinho bom!